domingo, novembro 26, 2006

Escola Estratégica – Madanes (Aula de EMIS de 16.11.2006)

I. Imagine uma família em que um dos filhos apresenta um sintoma.




II. De acordo com a família que imaginou, responda às seguintes questões:


Questões para a Família:


1. Quando é que o sintoma se verifica, como, onde e com quem?

2. O que está cada membro da família a fazer quando se verifica o sintoma?

3. Como é que o sintoma desaparece?

4. Quem está preocupado com o problema? (ou triste, zangado, embaraçado?)

5. Quem, na família, tem ou teve um problema similar?

6. Quem se assemelha a quem, na família?

7. O que é que cada membro da família faz no trabalho ou na escola? Estão a sair-se bem ou mal?

8. Que familiares estão envolvidos e de que modo?

9. O P.I. assemelha-se a algum familiar ou tem algum problema similar?

10. Quem, na família, está mais próximo por causa do problema? E quem está mais afastado?

11. O que é que mudaria se o problema desaparecesse?



Questões para o terapeuta pensar:


1. Qual a metáfora expressa pelo sintoma?

2. Qual o pedido implícito no comportamento sintomático?

3. Quem é o foco de preocupação do P.I. – ou seja – quem está a ser ajudado ou protegido pela pessoa com o presente problema e do que é que está a ser protegido.

4. Qual o ganho interpessoal do comportamento sintomático?

5. Como poderão os membros da família ser organizados de modo a que sejam úteis uns para os outros?



Formulação da Hierarquia:


1. Quem está a cargo de quê na família?

2. Quem tem que pedir permissão a quem e sobre o quê?

3. Quais são as regras em casa?

4. Quais são as consequências se as regras são desobedecidas?

5. Quais são as expectativas dos pais para os seus filhos?

6. Que poder têm na família, outros profissionais e agentes sociais?

7. Quem tem poder sobre quem em relação ao:

* Dinheiro
* Tempo
* Troca de informação

sexta-feira, novembro 17, 2006

Construcionismo Social - a reflexão continua

Aqui ficam as reflexões dos grupos de dia 10 de Novembro de 2006. Ainda está incompleta pois não entendi completamente uma caligrafia, mas a Inês irá continuar a transcrição.

Além disso penso que o grupo que esteve a discutir construtivamente sobre as práticas terapêuticas ficou com a folha das suas conclusões... Se passarem por aqui completem por favor.

beijinhos Joana

Construcionismo Social + Visão do Mundo

Porque é-nos vinculada

Porque é que aceitamos as tradições?

Inculcadas pela cultura
Comodismo

“A minha visão do mundo é uma entre muitas”

Confirma a minha visão do mundo porque há uma multiplicidade de perspectivas da realidade e nenhuma é mais válida do que outra!

Abrir em caso de emergência:
(a Inês vai completar)

Construcionismo Social + Conhecimento Científico

“Se uma árvore cair no meio de uma floresta sem ningém, faz barulho?”

Considerando o conhecimento científico uma constante busca de verdade (...) para o construcionismo social não há verdades absolutas, tudo é relativo e relacional.

Construcionismo social priveligia o trabalho de campo em detrimento da investigação em contexto laboratorial – novos desafios ao nível dos planos experimentais.
Existe um contraste ente o Construcionismo Social e o Conhecimento Científico: o primeiro priveligia o trabalho de campo em detrimento da investigação em contexto laboratorial.

Segundo o construcionismo social os resultados dos estudos nunca podem ser replicados. O conhecimento científico exige a replicação dos resultados dos estudos para os considerar científicos.
Construcionismo social – anti-realismo, não há uma verdade absoluta, logo, um estudo, por exemplo, nunca pode ser replicado, uma vez que, sob uma prespectiva diferente ele vai adquirir significados diferentes

O construcionismo social dá novas perspectivas.
Implicação positiva:
O construcionismo social daria novas perspectivas ao conhecimento científico

Não à relatividade absoluta. Chegar ao relativismo total.
Implicação negativa:
O facto do construcionismo social defender um conhecimento total implica uma impossibilidade do conhecimento científico

Abrir em caso de emergência:

- Relação entre compreensão científica e história/processos sociais
- Relativamente à abordagem de verdade através do método”(científico)
- Distinção entre factos e opiniões/dever ser
- O cientista na sua relação com a realidade
-
Construcionismo Social + Moral

Consciência social: bom aspecto.

Nada é bom ou mau. O que é que define?
Consenso partilhado por uma maioria que definirá o “bom” ou “mau”

Não tão importante o bom e o mau, mas o que se pode fazer com o que advém das vocações. Com agir?
Mais importante que o “bom” e o “mau” é o que se poderá fazer tendo em conta as diversas visões, tentando entendê-las.

Se os significados são construções nas relações, e por isso relativos, deveríamos julgar comportamentos?

Abrir em caso de emergência:
- Tendo em conta a relativização das visões morais, quais as possíveis consequências desta relativização?
- Existem alguns valores que continuam a fazer sentido... Mas quais? Se tudo depende do contexto cultural e das relações socias...
- “O construcionismo não é um convite a escapar a todas as visões morais. Fazer isso seria negar toda a tradição”. (Gergen, 2004)


Construcionismo Social + Prática Terapêutica

Abrir em caso de emergência:

- Em termos de significados: Que significados devem ser focados em contexto terapêutico?
- Foco no relacionamento: Com que objectivo? (ligação entre relação e significados atribuídos)
- Valores: Qual o peso dos valores e qual o seu espaço?
- Terapia como uma co-construção: Qual o papel do terapeuta?
- Implicações da oposição à ideia de uma única e verdadeira definição de real na terapia?


Construcionismo Social + Críticas

O significado não é exclusivamente construído a partir da relação com os outros e do que eles pensam de nós. Há um espaço de construção interior de mim para mim.

Cada pessoa não é só a relação que tem com o mundo, mas também tem uma parte inata, que nos diferencia.

Apesar de estarmos em relação connosco e com o mundo, existe um construcionismo pessoal. Por exemplo, há uma parte da personalidade que é inata.

Abrir em caso de emergência:

- Tendo em conta que existe numa primeira fase um contacto com conteúdos, ideias, “realidades”, etc. que são dados pela sociedade, qual é o papel do indivíduo?
- O que acontece nas situações em que as “realidades” construída e partilhada têm conteúdos contraditórios?
- Existe uma componenteestrutural do pensamento humano de origem biológica que viabiliza a assimilação de significados segundo moldes específicos e a acomodação dos jogos de linguagem culturais?
- O perigo da relativização: Se existe, por detrás de consensos sociais, uma lógica, não será necessária alguma cautela na relativização da ideia de verdade?
- O pensamento, a linguagem e as regras de funcionamento são realmente num primeiro momento sociais e apenas posteriormente apropriadas pelo indivíduo. Mas não existem mundos privados com particularidades e idiossincrasias, não acessíveis à dimensão relacional e social?
- E quando o indivíduo não se encontra em conformidade com o consenso social?

Avaliação da Apresentação

De 1 a 10:

A) O que levo ?
B) O que dei?
C) O que vou fazer?

A) 2 a minha visão/razão (?)
4 conhecimento
5 minha perspectiva
7 conhecimento
7 conhecimento
7 conhecimento
7 descobrir
7 esclarecimento
7 ideias, conhecimento, dúvidas
8 paciência
8 aprendizagem
8 construcionismo social
8 ideias
8 conhecimento
8 conhecimento
8 (sem comentário)
9 reflexões
9 ideias
9 fiquei com muitas ideias e coisas para pensar, para pensar relativamente
9 levo mais uma perspectiva interessante
9 uma base teórica bem fundamentada para uma perspectiva útil, que às veszes emprego na minha relação com os outros, comigo própria e com o mundo. Admito que a realidade só tem significado em relação, no entanto, até esta perspectiva pode ser relativa, pois existe um espaço para o construcionismo pessoal; lição: condescendência

B) 0 nada
1 nada
5 opiniões/reflexões
5 participação
6 opiniões
6 opiniões
6 atenção
6 atenção
6 ponderação
6 intervenções/percepções
6 (sem comentário)
7 ideias
7 conhecimento
7 exemplos
7 participação
7 esforço
8 aceitação/empatia
8 credibilidade
8 conhecimento
8 dou ao grupo pela sua performance
10 perfeito, excelente

C) (sem pontuação) mais escuta activa
(sem pontuação) vou com isso deixar de ser tão egocêntrica
(sem pontuação) reflectir sobre a realidade de uma forma mais alargada
(sem pontuação) aplicar alguns dos exercícios numa situação quotidiana, ou quem sabe futuramente numa situação de formação
3 uma outra perspectiva
6 estudar
6 aprofundar
7 procurar
7 estudar
7 reflectir
7 reflectir
7 aplicar
7 observar os diferentes significados das coisas
7 investimento de relações
7 (sem comentário)
8 aplicar
8 aplicar
8 construir
8 pôr em prática, quem sabe na psicoterapia com os menores do meu estágio, que se encontram muito centrados na suas verdades e nas verdades das suas comunidades, não compreendendo, por vezes, os danos que causam nos outros. Esta perspectiva pode ser útil na Educação para o Direito!
9 amplitude
9 acho que ajuda ao pensamento mais relativo, humilde, a posturas mais tolerantes

Digam-me voces se isto tem alguma coisa de sistémica...

Este vídeo teve, em apenas uma semana, 7616 comentários no YouTube (hoje, ia em 6,387,856 ), fora todos os outros sites e blogs em que consta...

(Campanha originalmente inspirada por Juan Mann da Australia)

http://www.youtube.com/watch?v=vr3x_RRJdd4&mode=related&search


E sim, já existe em Portugal!!! Se quiserem procurar:
http://www.youtube.com/group/FreeHugsMovement

Abraços
Inês R.



sábado, novembro 04, 2006

Fotografias da aula

Apresentação da melhor qualidade...





O último balão, depois de os termos andado a rebentar...

sexta-feira, novembro 03, 2006

Fotografias da aula

Vamos lá arranjar uma forma de ficar com dois balões da mesma cor...



Divisão em grupos por cores

Batalha de Balões...


A explicação de como tinhamos de andar em circulo com um balão entre cada pessoa, sem agarrar com as mãos...

BALÕES!

A aula de hoje de Métodos foi fantástica!
Lembro-me agora de uma frase que a Inês tinha dito quando ainda andávamos no primeiro ano, mais ou menos assim: «... epá, aproveitem, porque estas são as coisas mais giras e práticas que podemos fazer no percurso da licenciatura, nos próximos anos vão ter saudades...»
Passarei a explicar o contexto deste conselho. Lembram-se das nossas primeiras aula de Introdução às Ciências de Educação, e dos mini rolle-plays que fizémos para treinar a técnica da entrevista semi-directiva, com a professora baixinha, aparentemente velhinha, que me fazia lembrar um dragão?
Sim... a nossa Inês tentou motivar-nos (a mim e mais algumas colegas tímidas) a participar nessas actividades.
Nessa altura não valorizei, e nunca fui entrevistadora ou entrevistada, entrava e saía calada daquelas aulas, davam-me sono.
Isto tudo para concluir que felizmente a Inês estava enganada, ehehe não me arrependo do que não fiz, pois o melhor está de facto reservado para o fim! Estas aulas do Prof. Neto, e as aulas das nossas queridas professoras de Modelos, compensam e recompensam os 3 anos de seca que vivi em muitas aulas na nossa faculdade!

Que bom estar em sistémica, e aprender a viver em família num contexto normalmente aborrecido como o escolar!

Finalmente deixam-nos fazer coisas que nos fazem sorrir, rir, chorar, pensar, brincar, confraternizar, sermos nós próprios, e sentirmo-nos mais próximos ao partilhármos interesses comuns segundo as mais diversas maneiras, e isto tudo mediante tarefas tão simples como unir os corpos e rebentar um balão!!

Neste momento sinto que finalmente há um espaço nesta faculdade que me deixará saudades, a sala 20 e o corredor de sistémica! Hoje vivo, enfim, a minha faculdade.

Não creio que exista nesta faculdade um grupo tão animado, excêntrico, unido, simpático e empático - ajudem-me se faltarem adjectivos lol - ... tão autêntico!

Estou a adorar!! Em pura contemplação... que magia envolve estas aulas!!?

Obrigado a todos!

P.S Desculpem as lamechices, mas são sinceras.